Começo por agradecer a V. Exa. a decisão difícil e importante que tomou. Efectivamente até porque nas semanas anteriores, já havíamos agradado aos Gregos, restava apenas como solução do problema que impedia o País de progredir, o de agradar aos Troianos.
Pela análise que fiz do seu discurso, ficam no entanto algumas dúvidas que eu gostaria de ver esclarecidas:
Porque era tão importante ouvir tanta gente? Para tomar a decisão que tomou bastava apenas, e pelos vistos foi o que fez, ouvir a sua consciência.
A única coisa boa no meio disto tudo, é que vamos ter a residência do 1º Ministro a mudar para o Kremlin, na 24 de Julho é claro, mas sempre passamos a ter despachos fora de horas e essa malfada avenida mais policiada.
Porque é que não diz ao País que já tinha combinado tudo com o Manuel? Sim porque para decidir aquilo que decidiu e pelos sorrisos do Manuel, já se saberia de antemão o resultado.
Isto da política é mesmo um exercício de cinismo, mesmo eu, cínico militante não conseguiria tão bons resultados:
Os rapazinhos do PP já não sabiam o que fazer, a crispação que criou na minoria do governo, vai acabar por dar os seus frutos, dificilmente nas próximas eleições eles conseguirão estar juntos na fotografia com o PSD.
Acabou com um possível adversário para algum notável do seu partido, nas futuras presidenciais. O Santana dificilmente neste exercício que se aproxima, terá tempo de se preparar ou retocar a imagem para ser considerado um perigo.
Quem se deve estar a rir um bocadinho com isto tudo devem ser o Mário Soares (pai), porque consegue que o filho apareça novamente nas capas das revistas e nas primeiras capas dos jornais como futuro chefe da claque rosa, e o Cavaco Silva agradecido ao Sr. Presidente e ao Sr. Presidente da União por o terem colocado outra vez na corrida a Belém.
O Ferro é que nunca lhe vai perdoar, mas isso na política é o que menos importa, não é verdade? Conseguiu afastar um líder que só se lá mantinha porque ninguém tinha coragem de lhe dizer que já devia ter deixado cair o Pedroso à muito tempo, a colagem com esse estigma era por demais evidente e o PS estava com a espada de Damocles sobre a cabeça, à custa de uma palavra que se chama lealdade e que na política não é para aí chamada.
Conseguiu ainda dividir a oposição e a coligação, ou o que resta dela, para além disso com as crises que para aí se advinham e pelos maus resultados que se aproximam quando chegar o tempo das novas legislativas, o PS, certamente terá pela primeira vez uma maioria confortável para desgovernar o País confortavelmente.
Os portugueses ficarão certamente a perder-se em contas e a perguntar quem é que ganhou afinal. A resposta é simples, meus amigos, ganhou a democracia.
Eu na verdade não sei quem é a senhora, todos falam dela, todos mamam nela mas nunca a vi. Deve ser uma senhora muito boa, dá emprego a uma data de pseudo engravatados bem falantes que se auto intitulam de políticos.
Aproveito ainda esta missiva, para solicitar um lugarzinho a V. Exa. na política, pode ser no partido de V. Exa., ou outro qualquer logo que me garanta a reforma em tempo recorde, junto envio o meu curriculum, como pode ver depois de o analisar, não sei fazer nada, cortei ainda algumas das habilitações, pois poderia ser recusado para o cargo por excesso das mesmas.
Sem outro assunto de momento,
Para o bem da Nação,
McClaymore
P.S.: Agradeço que V. Exa. esqueça o meu desabafo anterior e se concentre apenas no pedido feito nas últimas linhas.
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