latim "Mudando-se o que se deve mudar."
Eu ainda não compreendi uma coisa que me está a deixar completamente confuso. Em primeiro lugar porque como todo o português que se preze, admirava e continuo a admirar a veia comentadora do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa. Como tal não gostei da maneira como ele foi tratado. Mas aqui ficam uma série de perguntas sem resposta: o Prof. Marcelo era comentador ou jornalista?
Se era comentador, e como tal era pago para isso e estava integrado nos quadros de uma empresa é obvio que a latitude a que estava habituado um dia ia ficar com uma malha mais apertada. Quando uma pessoa tem uma relação de trabalho com uma empresa, independentemente do tipo de relação, ela não lhe permite de modo algum entrar em confronto com a política de gestão da mesma, pelo que só tem um caminho ou aceita que os seus parâmetros sejam restringidos ou não os aceita e pede a demissão. Foi sempre o que fiz na minha vida, quando não concordava com aquilo que me queriam impor, apresentava a minha demissão, logo que achasse que o conceito dessa restrição ia contra aquilo que eu achava correcto. Por isso acho que a demissão do Prof. Foi um acto puramente administrativo: ele não concordou com as baias que lhe impuseram e demitiu-se. Não vi e não continuo a ver qual a falta de liberdade de imprensa que justifique o alarido feito pelos políticos, pela classe jornalística, nem pela que intervenção da Alta Autoridade para a Comunicação Social. O Prof. Marcelo não dava notícias, era comentador, portanto não tinha que ter isenção e como tal ela só lhe foi negada por interesses da empresa que lhe pagava o trabalho.
As intervenções do Governo não são desculpáveis, de modo algum, ainda não aprenderam a não dar tiros nos pés, estão verdes. Também coitadinhos são poucos os que não pertenceram ao elenco de um filme do Walt Disney: Branca de Neve e os sete anões, O Rato Mickey e os seus amigos, O Dumbo, escolham vocês pelo menos vão rir um bocadinho.
O Sindicato dos Jornalistas e alguns jornalistas, tão rápidos a criticar este caso e outros mesmo a nível internacional, esqueceu-se de criticar o que alguns jornais nos E.U.A. transmitiram esta semana, o apoio incondicional a Kerry. Ainda bem que esses mesmos jornais não apoiaram Bush, teríamos durante semanas manchetes de jornalistas isentos a criticar a falta de isenção da imprensa dos E.U.A.
Este tipo comezinho de contradições demonstra bem o empolamento, a falta de honestidade que grassa numa classe que deveria ser isenta, mas que faz como os árbitros do nosso futebol, ou não vê porque está a olhar para o ar, ou finge que não vê.
Fico triste que o Prof. nos deixe de brindar com as suas brilhantes alocuções, mas deixem estar se ele se candidatar a Belém ainda vamos pedir de joelhos à TVI para o receber de volta.
Na verdade eu não deveria estar a falar sobre este assunto mas um que infelizmente é bem mais grave e foi nitidamente abafado pelo caso anterior.
Lembram-se do Zé Manel, aquele tipo que emigrou para Bruxelas para ser Presidente duma comissão qualquer?
Tenho a impressão que lhe vão dar o bilhete de regresso e os cenários que se avizinham não são nada prometedores. Se ele perder o lugarzinho ainda vem outra vez para 1º Ministro. Temos que rapidamente arranjar uma lei que nos permita devolver produtos e Primeiros-Ministros com prazo de validade ultrapassado.
E meus amigos, este filme é muito sério, de autêntico terror e não tem mesmo nenhuma piada
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