A manhã de domingo corria lesta, o dia luminoso entrava pela janela da sala. O Pai, indolente, lia sem atenção as letras gordas do jornal, que tinha acabado de comprar no quiosque, depois do café tomado no balcão da esquina.
A Mãe qual formiga atarefada, já tinha enviado os miúdos para o banho, feito as camas, arrumado a cozinha, passado um pente no cabelo, rápido e seguro.
A hora do almoço aproximava-se, o barulho dos tachos e das panelas ecoava renitente na cozinha, entre os risos das crianças que depois do banho se esgueiraram para tomar o pequeno almoço.
De repente, olhos brilhantes, cara de safado, ar compenetrado de cima dos seus cinco anos de sabedoria ingénua, feitos à pouco tempo, o mais novo, olhando a mãe nos olhos rematou:
"- Mãe vamos ter que te comprar uma pilinha..."
As sobrancelhas interrogativas, que encimavam os olhos sem maquilhagem e cansados da Mãe, levaram uma resposta inesperada:
"-Só tu é que trabalhas nesta casa..."
PS: O meu contrato com o sapo obriga-me a escrever de vez em quando umas baboseiras, continuo no: Qualquer dia antes de morrer
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