Já me perguntaram muitas vezes porque é que dei um nome tão mórbido ao meu blog: qualquer macho latino que se preze, na procura da realização suprema, deverá plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro.
As duas primeiras metas já as cumpri, falta-me a última.
Ainda não o fiz por uma questão de puro egoísmo, um livro é sempre alguma coisa que extravasa todos os limites, é uma sombra que devemos deixar para distribuir com parcimónia, é também um legado sem testamento, mas que normalmente pode e deve influenciar muitas vidas.
Depois temos o tema, ficção, realidade ou pura paranóia, sinceramente eu prefiro não catalogar nada, as comparações épicas causam-me sempre constrangimento.
Não tenho também nenhum modelo a seguir, gosto de escrever sem sentido, o bom senso é um tempero que não deve ser utilizado na escrita.
Não gosto de redenções, gosto mais de remissões, de abjectas parábolas, de sonhos que um dia queremos cumprir.
Um livro é sempre alguma coisa que demonstra que alguns ainda conseguem perseguir ilusões, rirem-se das suas imagens no espelho e sentirem na pele o terror e a atracção pelos abismos.
O meu fiel cinismo também não se permite a criticas, portanto vou continuando lentamente a formar as palavras, depois as frases, cada capítulo e o epílogo, obras inacabadas e sem um fim convincente não me seduzem.
Entretanto e como é uma promessa que assumi, vou tentando arrumar ideias e ideais, inventar um título, rebuscar nos locais mais inóspitos da gaveta das recordações, os pequenos nadas que me vão ajudar na minha cruzada, pacientemente, sem pressas e sem amanhã, isto porque em qualquer momento ou acaso eu vou começar a retintar algumas páginas, qualquer dia antes de morrer
P.S.: E se continuarem a insistir na pergunta porque é que dei este estúpido nome a um blog, leiam com atenção a justificação que o Pinto da Costa deu para dar aquele título ao livro dele
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